Sem Treta

«O investimento em ouro, a médio/longo prazo, caracteriza-se por ter um baixo risco aliado a uma boa rentabilidade»

Entrevista ao administrador da valores, Diogo Faísca

A Revista Minha esteve à conversa com Diogo Faíscas, administrador da Valores, empresa que se dedica, desde 2008, à comercialização e reciclagem de metais preciosos. O responsável aborda o estado actual do sector e revela que pretende abrir novas unidades em território nacional.

Fale-nos um pouco sobre a história da empresa Valores e o que faz?

A Valores iniciou a sua atividade em 2008 e desenvolveu um novo modelo de franchising pioneiro nesta área em Portugal. No final de 2012 tínhamos cerca de 220 lojas, distribuídas por 4 países (180 em Portugal, 30 em Espanha, 10 em França e 1 México). A partir de 2013, o negócio dos metais preciosos abrandou bastante, com várias lojas da especialidade a terem de fechar portas e nós não fomos exceção. Tivemos de reestruturar a empresa e a nossa rede de lojas e suspendemos a venda de novas unidades em regime de franchising. Desde 2015 a empresa tem registado todos os anos um crescimento no volume de negócios e tem sempre resultados positivos.

Quantas lojas da Valores estão a funcionar, atualmente, em Portugal e em termos globais?

Atualmente, temos 46 lojas em funcionamento.

Quantos funcionários empregam?

Em todo o país, a rede Valores emprega, neste momento, cerca de 70 pessoas. Qual tem sido o volume de faturação médio da empresa? A média de faturação dos últimos anos rondou os 8 milhões de euros, sendo que este ano, esperamos faturar 10 milhões de euros.

Quais são os serviços que prestam atualmente?

Os principais serviços são a compra e venda de metais preciosos, venda com opção de compra e transferências de dinheiro com a Western Union.

Para os interessados, como é que a vossa empresa pode ajudá-los a comprar ou vender ouro?

Temos um blog em www.valores.pt/blog com várias dicas e sugestões sobre as melhores estratégias para quem pretende comprar e vender ouro, quer na ótica do consumidor quer na ótica do investidor. Temos resposta a questões fiscais, nomeadamente a tributação de mais-valias em IRS na venda de artigos em metal precioso, as taxas de IVA aplicáveis, etc., bem como sugestões de investimento (barras, moedas ou peças de ourivesaria usadas).

Quais são as mais-valias e os riscos associados à vossa atividade?

O maior risco é a cotação do ouro. Uma vez que o ouro está cotado em bolsa, está sempre sujeito à volatilidade dos mercados. Apesar de que, quando comparado com outras matérias-primas ou ativos, ser bastante mais estável. O facto de estar cotado em bolsa torna o valor de qualquer ativo volátil.

Passamos primeiro por uma crise devido ao Covid-19 e agora com a guerra na Ucrânia. Como é que o ouro se comporta nestas situações?

Em tempos de crise como esses que citou, a cotação do ouro tem tendência a subir. Nessas duas situações em particular, nos primeiros dias em que os vários países começaram a confinar ou nos primeiros dias da guerra na Ucrânia, a cotação do ouro subiu cerca de 10 por cento. No entanto, passadas poucas semanas, os mercados corrigiram e o valor do ouro voltou aos valores antes do covid e antes da guerra, respetivamente.

«Uma vez que o ouro está cotado em bolsa, está sempre sujeito à volatilidade dos mercados»

 

«Se olharmos para os últimos 10 anos verificamos que a cotação do ouro subiu cerca de 20 por cento»

 

É um bom negócio investir em ouro?

Depende do perfil de cada investidor. Se o investidor tiver um perfil conservador, ou seja, se for pouco propenso ao risco, o ouro é certamente um excelente negócio. A médio/longo prazo, o investimento em ouro caracteriza-se por ter um baixo risco aliado a uma boa rentabilidade. Por exemplo, se olharmos para os últimos 10 anos verificamos que a cotação subiu cerca de 20 por cento.

Qual é o seu preço atual?

No momento desta entrevista o ouro de 999,9 está cotado em 55.857 EUR/KG.

O que podem esperar os clientes que procuram os vossos serviços?

A compra e venda de artigos com metal precioso usados encontra-se devidamente enquadrada na lei e regulamentada, desde logo, porque prevê a necessidade de uma licença de retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso usados. A licença assegura a implementação de um conjunto de procedimentos que asseguram total transparência no processo de compra e venda e, desta feita, salvaguardam o consumidor. A Valores cumpre meticulosamente todas essas regras e procedimentos, trabalha com a maior transparência e sigilo e conta com uma equipa de profissionais com vários anos de experiência.

Quais são as vossas metas para os próximos anos?

Os nossos objetivos para os próximos anos passam por manter a tendência de crescimento registada nos últimos anos e abrir novas unidades em zonas onde não estamos presentes, como o interior do país, a ilha da Madeira e também uma segunda unidade no Algarve.

 

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