Sem Treta

Ana Milhazes: “Temos um vazio e preenchemos esse vazio muitas vezes com compras”

Ana Milhazes tem 34 anos, é professora de Yoga e Meditação, embaixadora do movimento “Lixo Zero Portugal” e autora do blogue “Ana, Go Slowly”. Vive um estilo de vida minimalista, procura focar-se no “ser” em vez do “ter” e é feliz. Recusar, reutilizar e reciclar são alguns dos motes que a levam a uma vida mais preenchida.

Quando é que começaram as preocupações ambientais da Ana?
Se formos bem, bem ao início, acho que isto começou ainda miúda. Lembro-me de ter 7, 8 anos e já gostar de apanhar lixo. Punha os meus vizinhos todos na altura a apanhar lixo (risos). Apesar de nós acharmos que hoje há muita poluição, na altura – estamos a falar dos anos 80, início dos anos 90 – havia muito lixo no chão. Eu morava numa urbanização com muitos prédios, muitas casas, e tínhamos um jardim grande onde brincávamos, jogávamos futebol e andávamos de bicicleta. Via que aquilo estava muito sujo e reunia os vizinhos para apanharem lixo comigo. E depois já tínhamos onde brincar, estávamos a fazer aquilo para nós também. Fui sempre preocupada com as questões ambientais. Quando a reciclagem veio para Portugal, incentivei os meus pais a fazerem, as minhas amigas também eram muito preocupadas com estas questões, o que também ajudava… Havia também um bocadinho a mensagem que nos é passada nas escolas e na sociedade em geral: já fazemos reciclagem, já fazemos a separação do lixo, já fazemos muito, não precisamos de nos preocupar mais. Então também me foquei sempre muito na separação do lixo. 

Mas hoje em dia já não foca só na separação de resíduos, pois não?
Não. Acho que foi em 2011 que as coisas começaram a mudar um bocado, na época sem eu me aperceber disso. Foi uma altura em que eu supostamente tinha tudo o que a sociedade nos diz que devemos ter para sermos consideradas pessoas de sucesso, pessoas felizes: tinha um emprego que gostava imenso, adorava os meus colegas de trabalho, adorava a minha casa ao pé da praia… Já tinha conquistado quase tudo e era nova, tinha à volta de 24, 25 anos. Só que eu achava que os dias eram sempre iguais. E aquela sensação de casa-trabalho, trabalho-casa era cada vez mais evidente, mais asfixiante. Apesar de eu gostar do que fazia, parecia que o dia passava a correr. Chegava ao final do dia e pensava: “fogo, amanhã já se vai  repetir outra vez”. Na altura achava que era falta de organização, o que é uma coisa engraçada porque quem me conhece sabe que isso é impossível. Desde miúda que também gosto de organizar tudo, ter pouca coisa e tudo arrumado. De qualquer das formas foi aí a porta de entrada. Comecei a ler muito sobre organização, sempre gostei muito de computadores e de pesquisar, mesmo na altura em que as pessoas não eram tão viciadas na internet como hoje em dia. Quando apareceu a internet eu ia muitas vezes para a biblioteca pesquisar coisas, gostava muito disso. Comecei a pesquisar e a ler muito sobre organização e, já não sei como, fui dar a um blogue sobre minimalismo que era americano. Na altura tinha feito uma lista de coisas a comprar para organizar tralha que tinha em casa e num blogue qualquer li uma frase que dizia qualquer coisa como: “não faz sentido comprarmos coisas para organizar outras coisas que temos em casa” (risos). O que faz sentido é livrarmo-nos dessas coisas! Efectivamente o que eu ia organizar eram coisas que não usava, estavam na parte de cima do armário fechadas em caixas ou sacos. E na altura pensei: “isto é espectacular, como é que não me lembrei disto antes?”. Aquele foi o ponto de partida: a partir dali comecei a descobrir outros blogues, a ler muito sobre o assunto e, como me acontece de cada vez que me identifico muito com alguma coisa, comecei a ler sem parar. Então, todos os dias lia sempre que tinha um bocadinho de tempo livre e planeava a arrumação da casa. Tudo o que tinha em caixas dei, não queria simplesmente pôr as coisas no lixo. Tentei ver amigos, familiares ou instituições que pudessem aproveitar as coisas e rasguei a lista de compras que tinha para fazer (risos). Poupei logo imenso dinheiro aí (risos). E, no fundo, também ajudei outras pessoas.

O que mais doou na altura?
Essencialmente roupa e sapatos. Mas a partir daí comecei a dar outras coisas. Foi uma forma de perceber que gostava mesmo de ter espaço livre em casa. Fui-me apercebendo que à medida que libertava e ganhava espaço, perdia muito menos tempo a arrumar coisas, a arrumar a casa. Em vez de gastar duas horas para fazer limpeza à casa comecei a gastar uma hora… E depois também deixei de ter que preencher um vazio. Eu explico, acho que é o que acontece com o consumo: temos um vazio e preenchemos esse vazio muitas vezes com compras. Quando trabalhamos mais horas, achamos que como trabalhamos mais, merecemos comprar alguma coisa e vamos para o shopping. Eu era mesmo viciada em compras, era capaz de ir todas as semanas ao centro comercial comprar roupa ou sapatos. Portanto, ia acumulando. E então, na altura em que me comecei a livrar das coisas percebi que era muito melhor ter poucas coisas, não só pela questão do tempo que falei, em termos de tralhas físicas, mas também em relação ao resto, a que podemos chamar de tralha mental. Comecei a eliminar alguns contactos,  “amizades” com pessoas tóxicas, a reduzir compromissos a que muitas vezes não me apetecia ir, como um jantar, e ia só porque sim…Ou seja, toda a minha vida passou por uma limpeza, uma purga. Foi tudo analisado ao detalhe e retirei tudo o que não interessava. Quando acontece isso, ganhamos muito espaço… e também ganhamos espaço para coisas novas! Foi assim que surgiu o yoga, comecei a ler muito mais, coisa que não fazia tanto porque não tinha tempo e, aos poucos, fui percebendo que afinal tinha mais tempo do que achava. No fim de semana, por exemplo, em vez de passar tantas horas fechada a arrumar a casa, fiquei com mais tempo para outras coisas, como ir mais para o meio da natureza ou simplesmente não fazer nada, que era outra coisa que eu não sabia fazer. Sempre fui muito produtiva, até o dormir me custava. Queria estar sempre a produzir e a fazer coisas, também porque, lá está, achava que tinha pouco tempo. A partir do momento em que percebemos que conseguimos ter mais tempo, é quase acrescentar horas ao nosso dia, até porque relaxamos muito mais. Isto mais ou menos de 2011 a 2016, quando me virei ainda mais para a questão da sustentabilidade. 

E, assim, reduziu também a produção de lixo.
Exatamente. Durante esse período comecei a produzir muito menos lixo porque o meu foco estava na redução de consumo, recusava muitas coisas e reduzia outras. Em 2016, e coincidiu com a passagem de ano, uma altura propícia a novas resoluções, olhei para o caixote do lixo e pensei: “como é que é possível ainda produzir tanto lixo?”. Mais uma vez comecei a procurar informação, encontrei o blogue da Bea Johnson – na altura ela já tinha o livro – comprei o e-book, comecei a ler e identifiquei–me muito com ela, até porque de alguma forma ela já vivia um estilo muito minimalista há algum tempo. Essa parte foi fácil porque eu também já vivia assim, depois foi só focar-me no lixo, no lixo indiferenciado. Então quando olhei para o caixote do lixo e vi que tinha essencialmente embalagens alimentares de plástico e restos de comida ou cascas, pensei logo em atacar essas duas secções. Em relação ao lixo indiferenciado tentei perceber se alguém por perto fazia compostagem, para mim não fazia sentido porque eu não tinha jardim. Falei com um casal a quem já encomendava um cabaz de legumes e eles disseram-me que sim, podia lá levar os resíduos. Comecei a juntar o lixo e todas as semanas ia lá levar. Em relação às embalagens comecei a procurar lojas a granel, o que na altura se revelou um bocado difícil, sobretudo no Porto. Não havia quase nada, o que havia era sobretudo mercearias tradicionais, mas que não tinham ingredientes biológicos. Algumas coisas deixei mesmo de comprar porque não havia alternativas em papel. No início foi mesmo complicado, lembro-me perfeitamente que tinha de fazer compras em vários sítios… Aliás, só há bem pouco tempo é que descobri um sítio onde há de tudo e não tenho de andar a correr várias “capelinhas”. E, cá está, também acho que isto se deve ao facto de a consciência dos clientes estar a crescer muito nesse sentido, têm procurado mais e por isso estas lojas também vão apostando neste tipo de alternativas. Hoje em dia é tudo muito mais fácil.

Foi aí que surgiu o movimento “Zero Lixo Portugal”?
À medida que fui pesquisando sítios onde pudesse fazer compras percebi que não havia ninguém a falar deste assunto em Portugal. Já tinha sentido isso com o minimalismo, até foi por causa disso que criei o blogue “Ana, Go Slowly” na altura. Comecei a escrever sobre estes aspectos, já tinha o blogue e aproveitei essa plataforma e depois criei o grupo no Facebook “Zero Lixo Portugal”, achava importante que as pessoas se unissem. Já havia muitas pessoas a viver aquele estilo de vida, mas não o divulgavam, falavam apenas entre si. Por um lado foi para fazer crescer essa comunidade, mas por outro lado por uma questão um bocadinho egoísta da minha parte, já que estava com dificuldade em encontrar sítios para fazer compras. No início achava que o grupo só ia ter duas ou três pessoas (risos), que ninguém se ia interessar, mas a verdade é que cresceu rapidamente. E é muito bom, porque há muita partilha de informação! Como todos temos vidas muito diferentes, naturalmente as nossas necessidades vão ser diferentes e, às vezes, lembramo-nos de coisas que as outras pessoas não se lembram… é ótima esta troca de ideias. Outra coisa que fiz na altura foi um textinho que enviei às lojas que vendiam ou achava que podiam vender a granel, expliquei que tinha lido o livro da Bea e que andava a compilar as lojas que vendessem a granel num ficheiro. As lojas começaram a responder, fui preenchendo o ficheiro até que a certa altura uma rapariga que também faz parte do grupo, da área informática, perguntou-me se o podia usar para ela fazer um site. Fez aquilo tudo gratuitamente, foi espetacular, e assim surgiu o site “A Granel”. É bom porque qualquer pessoa pode ir lá consultar as lojas, ou mesmo acrescentar, e assim temos a informação toda reunida num só sítio. Esta entreajuda das pessoas do grupo é espetacular por isto mesmo, não só pela partilha, mas também pela troca de saberes, do que cada um sabe fazer. Acho que só faz sentido vivermos assim, neste espírito de colaboração.

E a família, como reagiu a essa mudança?
(risos) Quando dizia que me queria despedir, as pessoas perguntavam-me sempre o que iria fazer da minha vida e riam-se, diziam que era impossível. Foi um bocadinho difícil encarar essa parte. Também acho que na altura me custou bastante porque não estava tão forte a nível emocional, não tinha aquela força que teria numa circunstância normal. Quando temos as nossas forças restabelecidas, mesmo que estejamos contra toda a gente, defendemos as nossas convicções até ao último instante com unhas e dentes, não custa.

Mas depois tudo fluiu normalmente.
Sim, sem dúvida. Como costumo dizer, custou muito, mas acho que compensa. Voltaria a fazer tudo igual. Nas minhas palestras costumo dizer que a doença que tive [ver caixa] foi uma dádiva. Se não tivesse ficado doente, provavelmente nunca me teria despedido e continuaria a fazer a mesma coisa, infeliz, ou pelo menos não totalmente realizada. Passei momentos muito difíceis, mas fiquei muito mais forte. E hoje dou mais valor a todas as coisas que construí. 

Nunca teve receio que a achassem fria ou egoísta?
Não. E acho que nunca aconteceu! Se calhar porque também me preocupei sempre muito com os outros, sempre fui bastante empática. Consigo pôr-me no lugar do outro e perceber o que ele está a sentir, tento sempre compensar isso de alguma forma. As pessoas de quem me afastei podem achar isso, é totalmente válido, mas honestamente não sei se o fazem, até porque não me preocupo muito com a opinião das outras pessoas. Acho que se nos focarmos demasiado nisso, nos esquecemos daquilo que é importante para nós. Nós é que convivemos connosco todos os dias, nós é que temos de gostar de nós!

E hoje em dia consegue gerir o seu tempo.
Apesar de estar a trabalhar no que gosto, não tenho que me matar a trabalhar como fazia anteriormente. Prefiro trabalhar poucas horas, mas durante esse tempo estar completamente focada, do que estar muitas horas a trabalhar que, depois de espremidas, não dão quase nada, só produzimos durante duas ou três horas. Prefiro também escolher o momento em que estou mais focada, umas vezes de manhã, quando acordo, outras à noite. Por exemplo, eu agora trabalho quase todos os fins de semana, mas não é uma coisa que me incomode. Porquê? Porque se quiser quase não trabalho durante a semana. No fundo estou a gerir o meu próprio tempo, algo que sempre quis fazer mas não achava que fosse possível. 

Quais foram as principais mudanças depois da limpeza da tralha física?
A principal mudança foi o tempo. Veja-se a questão da limpeza, como referi. De duas horas passei a uma, e de uma hora a meia, porque eventualmente deixei de ter coisas para manter, para limpar. Quando compramos alguma coisa, não nos podemos esquecer que não gastamos só tempo ao comprá-la, há o tempo que também gastamos a mantê-la, a limpá-la ou a lavá-la e depois ainda há o tempo que  temos de perder quando nos livramos dela. Como deixei de comprar, deixei de perder esse tempo, ganhei tempo livre! Depois começamos a perceber que há muitas outras coisas que preenchem o vazio de que falava há pouco, como vir à praia, por exemplo. Ainda por cima não vou levar nada da praia para casa, é só tempo em que eu estou ali a sentir-me bem, a cuidar da minha saúde física e mental, o que a longo prazo nos traz benefícios enormes. Enquanto dantes ia comprar um par de sapatos, e momentaneamente me sentia muito feliz e aquilo parecia preencher qualquer coisa, quando vou para a natureza ou faço exercício a verdade é que não passa, o efeito é mais duradouro. Se vier à praia todos os dias, todos os dias me vou sentir feliz. Acabamos por ficar viciados numa coisa que é mesmo muito positiva. E depois quando venho à praia ainda aproveito para apanhar lixo! (risos) Portanto, faço duas coisas: ajudo o ambiente e ainda me sinto bem porque sei que estou a contribuir com alguma coisa para um mundo melhor. Acho que não há comparação possível entre o estilo de vida que tinha antes e o que tenho hoje em dia. Uma pessoa sente-se tão mais feliz, tão mais realizada!… Eu acho que os portugueses têm um bocadinho de tendência para um discurso pessimista: “falta-me isto, falta-me aquilo, tenho que comprar aquilo”… Acho que devemos inverter esse discurso e pensar: “eu sou feliz; sou feliz porque tenho saúde, uma casa, faço o que gosto, posso passar tempo ao ar livre, não dependo de um consumismo desenfreado”. Acho que assim é um ciclo vicioso em sentido positivo. Como não vejo televisão, também não vejo publicidade, até porque tem sempre um discurso de escassez: falta-nos sempre alguma coisa. 

Quando optamos por este estilo de vida também deixamos de comprar comida pré-feita, que é o pior que pode existir, cheia de açúcar, sal, conservantes… A longo prazo vamos sentir um ganho enorme em termos de saúde. Só o dinheiro que se poupa aí e a qualidade de vida que se ganha, não tem qualquer comparação.

O que traz no seu “kit de sobrevivência”?
Não é que eu ande com tudo isto todos os dias (risos)! Mas há coisas que uso todos os dias, como a garrafa de água. Deixei praticamente de beber água engarrafada, só bebo água da torneira. Isso e o conjunto de talheres são coisas que uso todos os dias. Este kit de talheres permite- -me recusar o guardanapo de papel, que é uma coisa descartável. Tenho também pauzinhos de comida chinesa que, apesar de serem biodegradáveis, posso reutilizar. Tenho uma palhinha, mas quando vou a qualquer lado geralmente peço um sumo ou batido sem palhinha. Tenho sempre comigo também vários saquinhos: um de pano maior para as compras e dois ou três saquinhos de rede para as compras mais pequenas como o pão, a roupa ou a fruta. Se eu não tiver este kit comigo, vou a qualquer lado e sou obrigada a comprar sacos de plástico. Das duas uma: se for uma coisa de que preciso mesmo, trago na mão; de outra forma, não trago. (…) A casa de banho também foi um dos sítios em que operei maior revolução porque é um dos sítios onde temos mais embalagens, mais plástico. Em relação à escova de dentes optei por uma de bambu. Temos é que nos lembrar de uma coisa: deitar fora só quando está velho ou estragado. Eu não sou contra o plástico, acho que temos é de o reutilizar o máximo de vezes possível. No caso das escovas de dentes, claro que as cerdas vão ficando velhas, mas os cabos estão sempre novos. Uso as velhas nas limpezas. É incrível o número de escovas de dentes que apanho na praia… com os cabos completamente novos! Cá está, é um plástico tão duro que nunca mais se desfaz. O gel de banho e sabonete líquido passaram a ser sabonete normal e no caso do champô e amaciador optei por sólidos, sem químicos. Também existe desodorizante sólido e pasta de dentes sólida. É uma questão de procurarmos. Felizmente hoje em dia há várias alternativas. 

Em termos de preços, as coisas não são mais caras?
Algumas sim, mas a longo prazo poupamos muito mais. Porquê? Primeiro deixamos de comprar tantas coisas: houve imensa coisa da casa de banho que deixei de comprar porque percebi que não me fazia falta. Em relação aos cremes, por exemplo, deixei de usar e passei a usar óleos como o de coco ou até o próprio azeite. São coisas que eu já compraria para a cozinha, naturais, biológicas. A longo prazo com estas opções também vou ganhar mais saúde, ou seja, vou deixar de gastar dinheiro a “curar-me”, a comprar medicamentos. Quando optamos por este estilo de vida também deixamos de comprar comida pré-feita, que é o pior que pode existir, cheia de açúcar, sal, conservantes… A longo prazo vamos sentir um ganho enorme em termos de saúde. Só o dinheiro que se poupa aí e a qualidade de vida que se ganha, não tem qualquer comparação. 

Que pequenos hábitos podemos mudar no nosso dia a dia?
Eu acho que recusar o descartável é o maior deles, faz uma diferença enorme. O que é o descartável? Palhinha de plástico, copo de plástico, talheres de plástico, sacos… Se todos nós fizéssemos isto seria uma diferença enorme. A mesma coisa em tudo o que é embalado. Aí percebo que seja um bocadinho mais difícil. Uma coisa é quando vamos a lojas especializadas ou a granel, é fácil suprimir esse plástico. Mas quando vamos a um supermercado convencional é mais difícil. No entanto, dou sempre uma dica: preferir sempre o que não está embalado. Bananas, por exemplo! Se apenas há embaladas não levo. E até posso deixar uma queixa no supermercado, que é algo que não temos por hábito fazer: aceitamos e não nos queixamos. Outra estratégia é preferir as coisas em vidro também. Não esquecer que o vidro pode ser reutilizado e reciclado. Também devemos preferir o cartão, que é papel que já foi reciclado. Claro que da primeira vez que dermos estes passos vamos perder um pouco mais de tempo, mas é só mesmo a primeira vez. Em relação aos cotonetes, podemos tentar ver no supermercado se há alternativas que não em plástico, com a haste em bambu ou papel, ou passar mesmo na farmácia e comprar um reutilizável. E, por favor, não coloquem cotonetes na sanita! Faço muitas limpezas de praia e é das coisas que mais encontro. 

       

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