Sem Treta

SANTO ANTÓNIO DE VILA VERDE VAI “ILUMINAR-SE” SIMBOLICAMENTE

Em Vila Verde, durante vários dias até ao 13 de junho, vive-se uma das mais conhecidas romarias minhotas – as Festas Concelhias em honra de Santo António.

Esta romaria reune, todos os anos, várias iniciativas que proporcionam momentos marcantes, como as rusgas, as fogueiras, os cantares ao desafio, as imponentes sessões de fogo-de-artifício.

A procissão solene em honra de Santo António, na tarde do dia 12 de junho constitui outro motivo de interesse, pela participação das 58 paróquias do concelho, centenas de figurados, dezenas de andores e outros elementos de um dos mais belos quadros de cariz religioso do Minho. Juntam-se, no centro da vila, milhares de pessoas provenientes de pontos diferentes da região, do país e da vizinha Galiza.

Durante esta romaria decorrem ainda outras atividades paralelas como os Festivais de Folclore, as Marchas, os Espetáculos Musicais, a Corrida de Cavalos, os concertos Filarmónicos, o Cortejo Etnográfico – “O Cortejo da Tradição”, com a participação das Juntas de Freguesia, as Associações numa mostra da autenticidade da cultura e das tradições do concelho.

De referir que a Capela Barroca em honra a Santo António, situada na Praça de Santo António, está sempre
disponível para a visita durante os seis dias das festividades.

Em Mixões da Serra de pessoas deslocam-se para assistirem à famosa bênção dos animais. Nesse dia os romeiros enchem o largo da igreja e levam vacas cabras, mães, gatos e cavalos para serem benzidos. O padre no fim da celebração desce ao terreiro e abençoa a todos que assistiram a missa.

Segundo a Câmara Municipal da Vila Verde, a tradição remonta ao ano de 1916, quando, reza a história, uma grande peste vitimou uma boa parte dos animais, nomeadamente vacas e cavalos.

A população da freguesia de Valdreu, prometeu a Santo António a construção de um templo em sua honra, se o Santo livrasse os animais da doença e dos lobos. O santo milagreiro “ouviu” as preces e, em agradecimento, o povo edificou uma pequena capela no alto do monte, que mais tarde, por volta de 1952, se transformou num santuário. Desde então, todos os anos, no domingo anterior ao dia 13 de Junho – dia de Santo António -, os lavradores da região levam os seus animais ornamentados com flores e fitas a Mixões da Serra, onde assistem à missa e à bênção.

Este evento, tem vindo a conquistar um lugar de des- taque enquanto “cartaz de visita” para o concelho e para a região. Conta com o Festival da “Febra” integrando um sector para Fumeiro, Vinho e Doces Regionais, apostando-se, deste modo, na valorização da vertente da Gastronomia e Vinhos.

Para os mais jovens, e não só, há ainda a animação noturna com nomes conhecidos para animar a noite.

As Festas Concelhias de Santo António de Vila Verde querem ser um palco único de cultura e tradição, organização, participado e animado pela alegria contagiante das gentes de Vila Verde.

Estas festas contam com o trabalho e dedicação de algumas associações e entidades locais, que se envolvem em atividades únicas e culturais, como o cortejo da tradição e desfile de carros alegóricos.

No final dos seis dias de festa há sempre o fogo de artifícios, que ilumina todo o centro de Vila Verde que junta milhares de pessoas para apreciar o espetáculo.
As festas concelhias de Santo António de Vila Verde, este ano, resumem-se à iluminação, à transmissão de cerimónias religiosas e, ainda, à apresentação de um livro de fotografias e de uma exposição de Santo António de Mixões da Serra, que decorre na Biblioteca Municipal, no dia 12 de junho.

A vereadora Júlia Fernandes explicou que devido às condicionantes da pandemia, todas as manifestações associadas às festas estão suspensas.

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